A estigmatização de pessoas LGBTQIA+ com diagnóstico positivo em alguns países resultam em taxas elevadas de novas infecções
A UNAIDS, agência da ONU dedicada ao combate à AIDS, afirma que as ações de líderes políticos em 2024 serão cruciais para erradicar a doença como uma ameaça à saúde pública até 2030. O jornal Folha de S. Paulo publica notícia que informa que dados de 2023 mostram uma redução nas novas infecções e mortes, mas o progresso ainda é lento. No último ano, 1,3 milhão de novas infecções foram registradas, uma queda em relação a 2022, mas longe da meta de 330 mil infecções anuais até 2025. A mortalidade também caiu para 630 mil em 2023, marcando uma redução de 69% desde 2004.
O principal desafio é o acesso à terapia antirretroviral, que embora tenha aumentado, ainda não atende a todos os necessitados, especialmente em regiões como a África Oriental e Meridional, onde a prevalência do HIV é mais alta. A estigmatização e discriminação contra grupos vulneráveis dificultam o combate à doença, segundo Winnie Byanyima, diretora-executiva da UNAIDS. Ela destaca que a eliminação de leis punitivas contra a comunidade LGBTQIA+ e a promoção da igualdade de gênero são essenciais para alcançar a meta de 2030.
Apesar de alguns avanços na África Subsaariana, novas infecções estão aumentando em regiões como Europa Oriental, Ásia Central e América Latina. A UNAIDS e o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos apelam para a solidariedade global e a descriminalização das pessoas LGBTQIA+ como medidas fundamentais para salvar vidas e proteger direitos.
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